TROIA: ORIGENS — CAPÍTULO 05
Julho 15, 2022TROIA: ORIGENS — CAPÍTULO 07
Julho 31, 2022CAPÍTULO 06
Cena 01/ quarto de Miguel e Creuza/ manhã.
Letreiro na tela, Maceió-Alagoas, Início dos anos 2000.
Com o passar dos anos Creuza ficou muito doente e debilitada, ela conseguiu um benefício do governo porém que pouco dá para suprir as necessidades da casa de um brasileiro.
Creuza – eu passei a me tornar um fardo para você.
Miguel – você nunca sempre será um fardo meu amor, e você ficará boa logo logo.
Creuza – hoje eu irei pedir ao Rafael para comprar aquele remédio que acabou ontem, mais um incômodo.
Miguel – não se preocupe com isso meu bem, nosso filho é de ouro, e ele irá conseguir comprar sim.
Creuza chora por se sentir um incômodo para o marido e o filho.
Miguel – não chora meu amor, vamos descer, se eu bem conheço nosso filho ele já está acordado.
Creuza – é verdade, afinal hoje é o primeiro dia do novo emprego dele.
O casal desce as escadas.
Cena 02/ casa de Rafael/ Mesa/ manhã
Rafael acorda cedinho para ir ao seu primeiro dia de trabalho, antes faz o café e coloca a mesa, Creuza já sentada lhes pede algo
Rafael – bom dia mãe ( lhes dá um beijo no rosto), a senhora conseguiu dormir bem?
Miguel – Do mesmo jeito filho com dores pelo corpo e aquela tosse seca, o médico disse para ela ter repouso mais ela insiste em fazer algumas coisas em casa.
Rafael – mãe eu te falei ontem que fazia o almoço e limpava a casa quando chegasse do trabalho, quero ver a senhora bem mãe.
Creuza – parem de preocupação, eu tenho que fazer as coisas, isso me faz me sentir viva e ser útil, não quero ser um fardo na vida de ninguém.
Rafael – a senhora nunca foi e nunca será um fardo, me deixe retribuir um pouquinho o tanto de carinho, amor e educação que a senhora e o pai me deram.
Creuza – eu sou uma mulher muito feliz em ter um filho como você, amoroso, bom, justo e um gatão em (dar uma leve risada).
Cena 03/ Casa de Rafael/ Mesa/ Manhã.
Creuza – filho me faz um favor ao sair do trabalho passe em uma farmácia e compre esse remédio.
Rafael – tá bom mãe.
Creuza – quando eu receber a aposentadoria te dou meu filho.
Rafael – não, de modo algum mãe, não precisa.
Creuza – pois tá bom.
Miguel – é apesar de tudo, das lutas, das dívidas, de não termos muitos bens materiais, temos algo que muitas famílias não tem, o amor e a União e isso já é um grande motivo para agradecer a Deus todos os dias.
Creuza – exatamente meu amor.
Rafael – gente já vou indo, se não me atraso, até a noite.
Creuza – vá com Deus meu filho (lhes dar um abraço e depois tosse sangue em seu lenço sem que ninguém perceba).
Cena 04/ Mansão de Saraiva e morais/ Mesa/ Manhã.
*Enquanto isso na mansão de Antônio Augusto, no café da manhã, na mesa se tem de tudo, frutas, pães, cafés, tudo, porém falta o que sobra na mesa de Miguel, o amor e a União familiar *
Vitória – bom dia mãe, cadê o pai?, não acordou ainda?.
Soraya – aiii credo menina, já te falei pra não me chamar de mãe, tenho idade para ser sua irmã e o Antônio Augusto tá se arrumando, desce já,ele acordou uma fera hoje.
Vitória – novidade nenhuma você falou( rindo) vou no shopping conversar com a Cristina, nunca mais vi ela.
Soraya – ótimo, diga à ela para vir aqui, saudades da minha sobrinha, sobrinha está que se parece mais comigo do que minha própria filha digasse de passagem.
Vitória – há Soraya se poupe, me poupe e nós poupe, a Cristina é a Cristina, eu sou eu.
TROIA: ORIGENS/ CAPÍTULO 06/ PARTE 05.
Cena 05/ Mansão de Saraiva e morais/ mesa/ Manhã.
Antônio começa a descer as escadas e ao ver todos conversando grita
Antônio Augusto – calemmm a boca rebalho de araras, a gente não pode tomar um café em paz nessa maldita mansão, se calem e vão se fuder, há já ia esquecendo bom dia família ( com tom sarcástico ).
Soraya – cale a boca você, vai dar chilique logo pela manhã é.
Antônio Augusto – há Soraya vá cuidar das suas vaidades, suas plásticas, daqui a pouco virá uma Barbie humana ( aos risos).
Soraya – E você vai virar um homem salgado, vive a maior parte na empresa.
Antônio Augusto – claro para manter seus luxos, tem que trabalhar minha esposa.
Vitória quase chorando esbraveja com a discussão dos pais
Vitória – parém os dois, vocês nunca foram presentes na minha vida, mamãe vc passa a maior parte do tempo em clínicas e espaes, nunca quis que eu te chamasse de mãe, e você pai, você nem nas apresentações da escola estava presente, vocês foram e são dois pais que não foram presentes na minha vida, que família meu Deus, que família.
Cena 06/ cozinha/ mansão de Saraiva e morais/ manhã.
Ela vai até a cozinha chorando e abraça a empregada da família, Dulce
Vitória – tá vendo Dulce, eles só brigam e só brigam mais e mais, ainda bem que tenho você, sabia que desde meus 5 aninhos que foi quando você retornou a mansão para ser minha babá, você foi minha segunda mãe, minha mãe do coração.
Dulce – Sei sim minha menina, você é a razão dos meus sorrisos nessa mansão.
*No rádio entra no ar a música “Dona Cila, Vitória e Dulce dão as mãos e começam a cantar e a dançar a canção de Maria Gadú por toda a cozinha *
*Dulce* – de todo o amor que tenho.
*Vitória* – metade foi tu quem me deu.
*Dulce* – Salvando minh’alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu.
*Vitória* – Se queres partir, ir embora
Me olha da onde estiver.
*Dulce* – Que eu vou te mostrar que eu tô pronta me colha madura do pé.
*Vitória* – Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão, Minha vida depende só do teu encanto
Cila, pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto.
*Dulce* – eiita minha menina essa música eu cantava para você quando você era uma criança e ainda lembra.
*Vitória* -lembro sim, ela faz parte da minha vida, assim como você.
*Dulce* – que doce essa garota, mais você não ia sair Vitória, eu acabei ouvindo você conversando com a dona Soraya.
*Vitória* – sim, vou sim, lá vou eu, irei a pé para fazer exercício.
Elas se abraçam e Vitória saí em direção ao shopping “`
Cena 07/ Casa de Miguel/ sala/ manhã.
Miguel – amor vou até ao supermercado volto já já viu.
Creuza – tá certo meu bem, enquanto isso eu vou fazer o almoço, volta logo.
Miguel – tá certo, fui.
Creuza ao cortar alguns legumes, começa a tossir muito forte e a cuspir sangue, a dona de casa começa a ficar tonta e desmaia
Creuza – eu estou vendo tudo rodando, Migueeeeel (em tom de medo).
Miguel chega em casa ao abrir a porta vê Creuza caída no chão
Miguel – Creuza meu amor, acorda, socorroooooo.
Alguns vizinhos chegam
Miguel – alguém chama a ambulância por favor.
A ambulância chega e Creuza é levada ao hospital.
Cena 08/ Avenida próxima ao shopping/ manhã.
Rafael pilota sua moto em alta velocidade rumo ao seu trabalho pois já estava bastante atrasado
Rafael – é melhor eu me apressar se não vou chegar muito atrasado hoje.
Na mesma avenida que Rafael estava atravessando, Vitória avista Cristina do outro lado e diz
Vitória – Cristina sua lindona, me espera aí.
Cristina – Tá bom priminha (com olhar de inveja ao ver o lindo vestido que Vitória estava usando)
*Vitória não percebe que o farol está fechado e começa a atravessar quando de repente um carro vêm em alta velocidade *
Cristina – Vitóriaaaaaaaaaaaaaa ( gritando).
Vitória – o que ?( A mesma não estava vendo que um carro vinha em sua direção).
O carro bate em Vitória que cai no chão desacordada, Rafael vê tudo, tira o capacete nervoso com o que vê
Cena 09/ Avenida próxima ao shopping/ manhã.
Rafael – meu Deus o que está acontecendo, vou ajudar né.
Rafael chega até Vitória e tenta a acordar
Rafael – Moça, moça, moça acorda.
Vitória acorda e vê Rafael, eles trocam olhares por alguns minutos
Rafael – oii, tá me vendo?, está doendo algo em você?, posso ajudar em algo?
Vitória – você tá mais preocupado comigo, doque eu mesma, tô só com arranhões.
Rafael – ufaaa, graças à Deus.
Vitória – mais muito obrigada pelo Socorro, como se chama esse anjo ?
Rafael – anjo eu? (Rindo), tá bom então, seu anjo aqui se chama Rafael e você como se chama moça bonita?
Vitória – me chamo Vitória, pois sou uma Vitória (rindo).
Rafael – tá bom Vitória, deixa eu te ajudar a levantar.
Cena 10/ banco da praça/ próxima ao shopping/ manhã.
Eles sentam em um banco que estava próximo dali, Cristina fica vendo tudo de longe.
Cristina – eiita homem bonito da porra, até em uma quase tragédia essa minha priminha encontra um príncipe encantado para a Socorrer ( revirando os olhos).
Rafael e Vitória em suas primeiras palavras trocadas riem e sorriem várias vezes, parece até que já se conheciam
Vitória – eu me chamo Vitória como disse e você?.
Rafael – Rafael, eu me chamo Rafael ( com timidez).
Neste instante na troca de olhares, a música cheia de charme da banda universos começa a tocar ao fundo.
Cena 11/ banco de praça/ próxima ao shopping/ manhã.
Vitória – enfim Rafael muito obrigada por tudo, foi um prazer lhes conhecer, meu príncipe encantado que invés do cavalo branco veio a moto mesmo rsrsrs.
Rafael – um príncipe moderno né não, mais por nada, aprendi que devemos ajudar a todos.
Vitória – belo pensamento.
Rafael – me passe seu número para mantermos contato Vitória.
Vitória – 98345-5571, é só chamar meu querido, já me vou indo.
Rafael – beleza, eu também já vou, estou muito atrasado para meu trabalho já, até um dia moça bonita.
Vitória – até meu príncipe encantado ( rindo).
Vitória ao sair apressada, seu pingente acaba caindo no chão, Rafael o pega e corre para entregar a dona
Cena 12/ Shopping/ cafeteria/ manhã.
porém Vitória já estava longe, ele coloca o pingente em seu bolso e segue até seu trabalho, enquanto isso Vitória finalmente encontra Cristina e ambas vão ao shopping andando a pé, ao chegar lá, elas conversam e matam a saudade
Cristina – menina o que foi aquilo em?, pensei que você ia morrer, fiquei super preocupada.
Vitória – preocupada e nem foi me socorrer prima.?
Cristina – eu fiquei de longe só observando o seu anjo da guarda (rsrs), não quis me intrometer no clima que rolou ali entre vocês.
Vitória – pare com isso (rindo), mais o Rafael foi muito educado comigo, nunca nenhum homem havia me tratado com tanto cuidado assim.
Cristina – Humm, Rafael o nome dele então, interessante.
Vitória – interessante o que mulher?
Cristina – o nome dele uai.
Vitória – eiita meu Deus meu pingente, o que a Dulce me deu, aonde está?
Cristina – você deve ter perdido na sua quase tragédia (dando gargalhadas).
Vitória – não rir, ele é muito importante para min.
Cristina – não tem valor nenhum, se fosse uma joia cara tudo bem, mais um pingente.
Vitória – valor sentimental, você falando parece até a minha mãe, falando nela, ela disse que você depois passasse lá em casa para vocês conversarem.
Cristina – tá bom priminha.
Cena 13/ Interior/ Casa de Miguel/ noite.
As horas se passam e chega a noite, Rafael ao chegar em casa super cansando não encontra ninguém, minutos depois seus pais chegam em casa.
Rafael – vocês estão vindo da onde?
Miguel – do hospital meu filho, sua mãe passou mal.
Rafael – como assim?(nervoso), o que aconteceu?.
Miguel – eu de manhã fui ao supermercado e ao chegar aqui, sua mãe estava desmaiada.
Creuza – mais já estou bem melhor, não preocupe o menino Miguel, ele já vem cansando do trabalho e ainda eu pra dar trabalho.
Rafael – mãe por favor né, e aqui está seu remédio, fiquem bem, vou para meu quarto descansar, qualquer coisa é so chamar, amo vocês.
Abraça os pais e vai.
Cena 14/ Mansão de Saraiva e morais/ quarto de Vitória/ Noite.
Deitado na cama Rafael começa a pensar em Vitória
Rafael – que garota linda aquela, tão meiga, gentil e doce, espero um dia a ver de novo.
Deitada também em seu quarto Vitória começa a pensar em Rafael
Vitória – até agora não paro de pensar naquele homem, sempre acreditei que não existissem príncipes encantados, porém agora estou começando a duvidar dessa teoria, enfim espero reencontra-lo muito em breve.
Congela no rosto de Vitória pensando em Rafael